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LITERATURA DOUTRINÁRIA PORTUGUESA, CORTE DE AVIS, HISTÓRIA E CRÍTICA
A literatura doutrinária na corte de Avis oferece ao leitor observações agudas sobre o homem. Esses textos reconstituem o pulsar de uma sociedade - seus sonhos, seus sofrimentos, suas crenças, suas dúvidas e suas mais íntimas convicções.
No Prólogo que escreveu para sua obra mais conhecida, Leal Conselheiro, El-Rei D. Duarte de Portugal (1433-1438) deixou assentada uma das preocupações centrais da dinastia avisina quatrocentista: "E assim, com a graça do Senhor, o bom estudo, realizado com boa intenção, do simples faz sabedor; do que bem não vive, equilibrado e virtuoso".
O ideal humanista do "bom estudo" continuava um programa pedagógico defendido pelo Mestre de Avis D. João I (1385-1433): as conquistas intelectuais são instrumentos indispensáveis à educação do espírito e não excluem a excelência do corpo, conforme ensinaram os Antigos.
Por meio de severos tratados ou de fantasiosas alegorias; pregando o desprendimento ascético ou a intensa participação político; usando de cerrada retórica argumentativa, as sete obras aqui examinadas documentam a diversidade de caminhos que levaram a esse fim.
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