Precisa de ajuda?

+ 55 11 99384-2442
[email protected]

Livro Impresso

Arroz queimado



Canhoto, Vinícius (Autor), Lazzarini, Alberto (Autor)

Alberto Lazzarini, Vinícius Canhoto, arroz, queimado


Sinopse

Arroz Queimado (ou Memórias de minha loucura) de Vinícius Canhoto & Alberto Lazzarini é um romance “cinematográfico”. Perturbador e comovente, suas seqüências são tomadas “ao vivo”, em uma montagem dadaísta de fragmentos de desejos, projetos, rupturas da subjetividade, em que o narrador transita a personagem e as personagens à ficção dentro da ficção. Mitologias, estrangeirismos, história individual e coletiva, vigários, “americanização” dos costumes, reclames antigos de pamonhas, a insolação das telas de Van Gogh entrecruzam-se com o arroz queimado, telefonemas nervosos, telenovelas, em uma dramaturgia que os converte em labirinto de uma história a ser escrita e que já é escrita na indeterminação do agora. Embaralhando a continuidade temporal, tudo já aconteceu, vai acontecer e está acontecendo.

Se o arroz queimou na panela, foi por que que o tempo se demorou e se excedeu. Tempo da acídia, dos “demônios do meio-dia”, da loucura, é o tempo da comédia humana alegorizada no vilarejo de Santa Fé, renomeado, em tempos de secularização do mundo, de Brigitte Bardot que “apesar do nome, nunca teve ou teria cinema”. E o prefeito que era chamado “de pai-de-santo” porque “apenas fazia trabalhos no centro da cidade”. Não por acaso, neste livro, o humor inteligente faz da loucura um logos, o da lucidez que enfrenta o tempo que saiu dos gonzos: trabalho alienado, amores desencontrados, traição, vendetta, esperanças decepcionadas, tudo vai dar no manicômio: “as portas se abriram como um grande abraço.”

Microcosmo, o hospício é um panóptico cujo vigia central é um psiquiatra com delírio de poder, em que o encarcerado concentra as dores de todos, na co-presença de códigos antinômicos, o do luto e do lúdico: “quero esquecer todas as humilhações que passei, como o Santos sem o Pelé”.

No manicômio, a loucura protege a liberdade, porque a razão pode estar fora do centro. Se todos os caminhos levam ao manicômio, as estradas de ferro “não levam a lugar nenhum”. Tão somente nessa atopia, o mundo desconcertante poderia se expressar, nesse entre-meio mágico e realista que procura o mistério das filiações. Narração de um apocalipse, “o silêncio antecede à explosão dos mundos.”

Se o arroz queimado evoca o tempo perdido, a memória da loucura é a do tempo que se encontrou ou se perdeu? Este r0omance respeita o enigma.



Olgária Chain Feres Matos: professora de Filosofia (UNIFESP e USP), autora de Discretas Esperanças; Filosofia: a polifonia da razão; O iluminismo visionário; Os arcanos do inteiramente outro; Paris, 1968: As barricadas do desejo; entre outros.

***

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 16/11/2023

Encontrou alguma informação errada? Perguntar para a Kotter Editorial

ISBN relacionados

--


Metadados completos:

  • 9786553612402
  • Livro Impresso
  • Arroz queimado
  • --
  • 1 ª edição
  • --
  • --
  • --
  • --
  • --
  • --
  • Canhoto, Vinícius (Autor), Lazzarini, Alberto (Autor)
  • Alberto Lazzarini, Vinícius Canhoto, arroz, queimado
  • Literatura nacional
  • Ficção / Geral (FIC000000)
  • Categoria -
    Ficção: geral e/ou literária
    --
  • 2023
  • 30/11/2023
  • Português
  • Brasil
  • acima de 12 anos
  • Não recomendado para menores de 18 anos
  • --
  • 16 x 23 x 5 cm
  • 0.65 kg
  • Brochura
  • 456 páginas
  • R$ 139,70
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
  • --
  • 9786553612402
  • 9786553612402
  • --
  • --
  • --

Metadados adicionados: 16/11/2023
Última alteração: 20/12/2023

Para acessar as informações desta seção, Faça o login.