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Livro Impresso

Ofensivas
a potência do não retorno à normalidade



Spina, Paulo (Autor), Beserra, Leonardo Araujo (Editor), Tible, Jean (Posfácio)

crise, covid-19, pandemia, epidemia, quarentena, crise sanitária, vírus, política


Sinopse

A circulação de uma doença nas proporções planetárias, ao romper o cotidiano, modificando a ordem das coisas, tem um efeito incontrolável no contexto político e precisa ser encarada como um acontecimento que, se por um lado nos bloqueia, por outro, acelera processos sociais em curso. Isso pode tanto fortalecer um por vir de uma potência coletiva em uma solidariedade transversal ou mesmo aprofundar irrestritamente os meios e os modos de dominação capitalista. Uma transformação não é dada pelas reações imediatas, mas poderá ocorrer no confronto de perspectivas políticas, sanitárias, econômicas e sociais em movimento durante e, principalmente, pós-crise. Já nos é significativo como os diversos sentimentos e precipitações provocados pela pandemia nos afeta cotidianamente. Com isso, seremos capazes de ampliar dimensões de solidariedade, ainda que em um "ambiente" insalubre de encontro e ideias revolucionárias? No livro, o trabalhador da saúde e cientista político Paulo Spina, em uma escrita literária-política de um manifesto programático, defende que o lado daqueles que lutam por justiça precisam ir para ofensiva, propondo batalhas que disputem outras formas de organização da sociedade. O desafio é atravessar os limites lineares do curto prazo e da territorialidade nacional, e repensar com isso a própria política, agora encarnada em um projeto real, com sua multiplicidade dinâmica. Arriscar compreender este momento como oportunidade política para uma transformação efetiva além dos polos – estados nacionais versus mercado global – nos quais o modus de realizar a política social atualmente se vincula. A preocupação no texto é delinear um caminho de potência política que encontre formulações e proposições que nos atravessam por diversos espaços e tempos do ordenamento da sociedade, sem, contudo, hierarquizá-los de forma funcionalista, com uma dimensão na qual os poderes negam a si mesmos, sem reproduzir da lógica atual, realizando-se por meio de disputas efetivas, resistências programáticas e coalizões inesperadas. Construir novos horizontes globais, nacionais, domésticos e, principalmente, comunitários, como quatro ofensivas que coexistem e pluralizam as experiências e práticas políticas de formas interligadas, desconstruindo o pensamento e as maneiras comuns de ação e ocupação humana, sem uma ordenação que envolva a necessidade de mudanças subjetivas profundas, este é o projeto de materialização da imaginação gestada neste livro.

Metadado adicionado por GLAC edições em 02/08/2023

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Metadados completos:

  • 9786586598049
  • Livro Impresso
  • Ofensivas
  • a potência do não retorno à normalidade
  • 1 ª edição
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  • Spina, Paulo (Autor), Beserra, Leonardo Araujo (Editor), Tible, Jean (Posfácio)
  • crise, covid-19, pandemia, epidemia, quarentena, crise sanitária, vírus, política
  • Humanidades
  • Classes Sociais e Disparidade Econômica (SOC050000), Ativismo e Justiça Social (SOC072000), Movimentos / Teoria Crítica (PHI040000), Morte (SOC036000), Geografia Humana (SOC015000), Sociologia / Urbana (SOC026030), Cultura Popular (SOC022000)
  • Categoria -
    Classes sociais; Grupos sociais: estilos de vida alternativos; Política verde / ecopolítica / ambientalismo; Ideologias e/ou movimentos políticos de extrema esquerda
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  • 2020
  • 01/08/2020
  • Português
  • Brasil
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  • Livre para todos os públicos
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  • 12 x 19 x 0.6 cm
  • 0.12 kg
  • Brochura
  • 80 páginas
  • R$ 35,00
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
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  • 9786586598049
  • 9786586598049
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Metadados adicionados: 02/08/2023
Última alteração: 02/08/2023

Sumário

Na infância, Paulo Spina viveu um contexto de solidariedade comunitária acompanhando as ações de sua mãe, que auxiliava a vizinhança com questões de saúde. Tomou contato com as lutas políticas por meio das histórias que seu pai narrava sobre o tempo de estudante nos confrontos contra o regime militar. Sua vida se transformou quando, aos 17 anos, descobriu que seria pai de Larissa – hoje com 21 anos. A paternidade foi apaixonante e um processo de reflexão para lutar por um mundo melhor. Mais três filhos chegaram depois disso: o Diego, de 15 anos; a Mell, de 12 anos; e o caçula Artur, de apenas 1 ano de vida.



Graduou-se em Educação Física e trabalhou como professor em escolas e órgão de saúde pública, setor no qual atua há 15 anos, especialmente a serviço da saúde mental. Nesse contexto, envolveu-se em diferentes lutas, participando da criação do Fórum Popular de Saúde. Tornou-se, em 2016, mestre em Ciências Sociais pela Unifesp e atualmente é doutorando no programa interdisciplinar da FFLCH-USP – Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades –, estudando os grupos políticos de direita, suas ações nas ruas das cidades e nas eleições.



Mantém seu envolvimento nas lutas pela saúde. Participa de um jornal comunitário, o Fontes da Água Funda, e do Coletivo Horizontes. É casado e esforça-se para viver a paternidade com participação ativa na vida dos quatro filhos.



Áreas do selo: AutoajudaHumanidadesInfantojuvenilLiteratura estrangeiraLiteratura nacional

editora

A GLAC edições surgiu em 2016, ao experimentar a publicação de uma coletânea de textos da coletiva de arte francesa Claire Fontaine, Em vista de uma prática ready-made, e ao organizar o primeiro seminário do programa de debates Cidadãos, Voltem Pra Casa!. Após certo período, a editora parou suas atividades, retomando apenas no início de 2019 com um projeto de publicações voltado à subversão política do cotidiano e à crítica política da maneira hegemônica de agir e pensar o presente. Seus livros e atividades se voltam para propostas programáticas de caráter autonomista com a tradução de autorxs anônimos, coletivos, artistas e intelectuais, assim como de escritorxs nacionais, a fim de debater um outro radicalismo e, principalmente, com isso a importância de um escrita subjetivo-política que impulsione o leitor a autodeterminação.


nome e logo

GLAC, palavra aglutinante, entalada na boca do estômago. Ela é uma onomatopeia, o som de uma gosma ou meleca em colisão com uma superfície lisa. Por isso, suas letras se apresentam grudadas, inseparáveis. A radicalidade que propõe a GLAC é o que se quer fazer incrustar no leitor. É uma palavra-tiro que emperra, explode em si mesma!

ormato

além de um segmento bem específico, que deflagra sua curadoria acerca da radicalidade política, a GLAC elegeu um formato retangular comprido, 19 X 12 cm, assim como o P&B. acontece que compreendemos que estar contra, qualquer que seja a coisa, imputa o corpo ao trânsito, e para isso pensamos um tamanho de livro que pode ser de bolso, mas não é. que pode ser de mesa, mas não se resume a fazer do leitor um sujeito estático. o que é então esse formato? ele é também preto e branco. não porque simplesmente desejamos fazer livros com custos mais baixos, mas porque a dificuldade de realizar um design que dê conta da demanda de infâmia e da solidariedades necessárias nas lutas, entre uma elegância clássica e uma bagaceira mundana, se torna ainda mais difícil quando não se usufrui de cores. afinal, o que temos para dizer com os textos que editamos assim como com o corpo gráfico que lhes abraçam é: leia com o corpo! e se for o caso, use estes livros como coquetéis molotov. pinte o mundo a sua maneira, pois estes livros o farão desejar destruí-lo.


séries

para isso, a GLAC edições pensou em 8 projetos gráficos que se diferenciam conforme as origens dos livros que edita. são designs voltados para cada situação, cada fundação que encontra. repetimos seus designs modificando as tonalidades dos cinzas a cada livro que editamos de cada uma das 8 frentes que erguermos. pois sabemos que a vida é dotada de muitos e diferentes claros e escuros, muitas vezes indecifráveis, mais opacos do que transparentes, demasiados complexos, difíceis de determinar certeza sobre o que de fato ocorrer. editamos textos escritos por artistas, por coletivos de luta, por anônimxs, por grupos inteiros resumidos a um lema, emblema, expressão, por intelectuais radicais preocupados com fazer proposições contundentes para além de análises profundas da contemporaneidade, por dramaturgxs sensíveis o bastante para nos fazer sentir ler nossas próprias angustias e desejos, por escritorxs que se voltam aos mais degradantes debates sobre a sociedade, por muitos tipos de vozes e gestos indevidamente representados em nosso tempo. elxs se encontram abaixo, descritos ao nosso modo, em séries de livros das melhores subjetividades políticas que pudemos inventar, encontrar, selecionar e tornar públicas.

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