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Livro Impresso

O vírus como filosofia, a filosofia como vírus
reflexões de emergência sobre a COVID-19



Matos, Andityas Soares De Moura Costa (Autor), Collado, Francis García (Autor), Beserra, Leonardo de Araujo (Editor)

COVID-19, PANDEMIA, EPIDEMIA, LOCKDOWN, QUARENTENA, VÍRUS, FILOSOFIA, CAPITALISMO TARDIO, CRÍTICA, EMERGÊNCIA


Sinopse

O vírus é algo que, não sendo nem vivo nem morto, invade um corpo – individual ou social – para arrancá-lo da normalidade e desafiar suas potências. Nesse sentido, a filosofia, esse pensamento carente de fundamentos últimos – porque sempre mutantes – pode ser entendida como um agente viral capaz de contribuir para o desafio de compreender e agir em um presente como o nosso, quando atingimos uma zona de indeterminação que parece se renovar a cada dia. Só o pensar crítico-filosófico é capaz de ir além das narrativas convencionais que veem na atual pandemia do COVID-19 um problema médico-sanitário e econômico e nela enxergar o que de fato é: uma intrusão totalizante e incomensurável na rotina do planeta, que pode dar lugar a uma nova ética do comum e do cuidado ou a um enorme dispositivo biopolítico à disposição dos governos e dos mercados para o incremento do controle e do disciplinamento. Diante desse cenário em que o futuro está suspenso e permanecem abertas as possibilidades de destituição do capitalismo ou de seu aprofundamento, tanto em sua versão neoliberal ocidental quanto em sua versão autoritária-algorítmica oriental, este livro pretende ler a pandemia a partir de sua inadequação em relação às díades que marcam nossa experiência, tais como natureza e cultura, indivíduo e sociedade, vida e morte etc. Para tanto, são discutidas algumas das recentes interpretações filosóficas dedicadas à pandemia, de modo a destacar sua insuficiência quando confrontadas com o radicalmente novo, que só pode ser entendido a partir de uma consideração de seu caráter agenciador de subjetividades. Isso quer dizer que, mais do que uma doença do corpo, a pandemia tem se mostrado como um limite imposto ao pensar que é preciso superar. Espalhando-se graças à logística e às redes globais do capital, a pandemia coloniza os afetos, impondo medo e pânico onipresentes dos quais pode resultar uma completa reorganização mundial sob o signo hobbesiano da segurança, em especial considerando a desigual distribuição dos riscos entre ricos e pobres, jovens e idosos, Norte e Sul. Dessa maneira, para enfrentar a pandemia é necessário – além de médicos, hospitais, drogas e medidas de segurança – atingir um estado de clareza mental que só uma filosofia da vida – e não simplesmente sobre a vida – pode constituir, indicando as zonas de fuga, as dimensões biorresistentes e as formas de eclosão de uma bioemergência que nos exige que mutemos, como fazem os vírus, para que possamos sobre/viver.

Metadado adicionado por GLAC edições em 02/08/2023

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Metadados completos:

  • 9786586598056
  • Livro Impresso
  • O vírus como filosofia, a filosofia como vírus
  • reflexões de emergência sobre a COVID-19
  • 1 ª edição
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  • Matos, Andityas Soares De Moura Costa (Autor), Collado, Francis García (Autor), Beserra, Leonardo de Araujo (Editor)
  • COVID-19, PANDEMIA, EPIDEMIA, LOCKDOWN, QUARENTENA, VÍRUS, FILOSOFIA, CAPITALISMO TARDIO, CRÍTICA, EMERGÊNCIA
  • Humanidades
  • Vacinação (HEA050000), Doenças e Questões de Saúde (SOC057000), Países Emergentes e em Desenvolvimento (SOC042000), Cultura Popular (SOC022000), Classes Sociais e Disparidade Econômica (SOC050000), Sociologia / Teoria Social (SOC026040), Social (PHI034000)
  • Categoria -
    Medicina e/ou saúde populares; Sociologia: morte e/ou morrer; Previsão social, estudos do futuro; Impacto social dos desastres; Integração social e/ou assimilação
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  • 2020
  • 01/09/2020
  • Português
  • Brasil
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  • Livre para todos os públicos
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  • 12 x 19 x 0.7 cm
  • 0.96 kg
  • Brochura
  • 96 páginas
  • R$ 41,00
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
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  • 9786586598056
  • 9786586598056
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Metadados adicionados: 02/08/2023
Última alteração: 02/08/2023

Sumário

Andityas Soares de Moura Costa Matos é professor Associado II de Filosofia do Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutorado em Direito e Justiça pela Universidade Federal de Minas Gerais . Pós-Doutorado em Filosofia do Direito pela Facultat de Dret de la Universitat de Barcelona, Doutorado em Filosofia pela Universidade de Coimbra.



Francis García Collado é doutor em Filosofia pela Universidade de Barcelona, professor de Psicologia na Faculdade de Ciências e Comunicação na Universidade Internacional da Catalunha e professor de Evolução da Educação Contemporânea e do máster de Neuro-educação da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Vic – Universidade Central da Catalunha.



Áreas do selo: AutoajudaHumanidadesInfantojuvenilLiteratura estrangeiraLiteratura nacional

editora

A GLAC edições surgiu em 2016, ao experimentar a publicação de uma coletânea de textos da coletiva de arte francesa Claire Fontaine, Em vista de uma prática ready-made, e ao organizar o primeiro seminário do programa de debates Cidadãos, Voltem Pra Casa!. Após certo período, a editora parou suas atividades, retomando apenas no início de 2019 com um projeto de publicações voltado à subversão política do cotidiano e à crítica política da maneira hegemônica de agir e pensar o presente. Seus livros e atividades se voltam para propostas programáticas de caráter autonomista com a tradução de autorxs anônimos, coletivos, artistas e intelectuais, assim como de escritorxs nacionais, a fim de debater um outro radicalismo e, principalmente, com isso a importância de um escrita subjetivo-política que impulsione o leitor a autodeterminação.


nome e logo

GLAC, palavra aglutinante, entalada na boca do estômago. Ela é uma onomatopeia, o som de uma gosma ou meleca em colisão com uma superfície lisa. Por isso, suas letras se apresentam grudadas, inseparáveis. A radicalidade que propõe a GLAC é o que se quer fazer incrustar no leitor. É uma palavra-tiro que emperra, explode em si mesma!

ormato

além de um segmento bem específico, que deflagra sua curadoria acerca da radicalidade política, a GLAC elegeu um formato retangular comprido, 19 X 12 cm, assim como o P&B. acontece que compreendemos que estar contra, qualquer que seja a coisa, imputa o corpo ao trânsito, e para isso pensamos um tamanho de livro que pode ser de bolso, mas não é. que pode ser de mesa, mas não se resume a fazer do leitor um sujeito estático. o que é então esse formato? ele é também preto e branco. não porque simplesmente desejamos fazer livros com custos mais baixos, mas porque a dificuldade de realizar um design que dê conta da demanda de infâmia e da solidariedades necessárias nas lutas, entre uma elegância clássica e uma bagaceira mundana, se torna ainda mais difícil quando não se usufrui de cores. afinal, o que temos para dizer com os textos que editamos assim como com o corpo gráfico que lhes abraçam é: leia com o corpo! e se for o caso, use estes livros como coquetéis molotov. pinte o mundo a sua maneira, pois estes livros o farão desejar destruí-lo.


séries

para isso, a GLAC edições pensou em 8 projetos gráficos que se diferenciam conforme as origens dos livros que edita. são designs voltados para cada situação, cada fundação que encontra. repetimos seus designs modificando as tonalidades dos cinzas a cada livro que editamos de cada uma das 8 frentes que erguermos. pois sabemos que a vida é dotada de muitos e diferentes claros e escuros, muitas vezes indecifráveis, mais opacos do que transparentes, demasiados complexos, difíceis de determinar certeza sobre o que de fato ocorrer. editamos textos escritos por artistas, por coletivos de luta, por anônimxs, por grupos inteiros resumidos a um lema, emblema, expressão, por intelectuais radicais preocupados com fazer proposições contundentes para além de análises profundas da contemporaneidade, por dramaturgxs sensíveis o bastante para nos fazer sentir ler nossas próprias angustias e desejos, por escritorxs que se voltam aos mais degradantes debates sobre a sociedade, por muitos tipos de vozes e gestos indevidamente representados em nosso tempo. elxs se encontram abaixo, descritos ao nosso modo, em séries de livros das melhores subjetividades políticas que pudemos inventar, encontrar, selecionar e tornar públicas.

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